sexta-feira, 16 de agosto de 2013



Uma visão sobre 
a exposição da artista 
Cléo Borém Fabris







A pintura de Cléo Borém Fabris nessa exposição na FAFI são desenhos, pinturas. E se pode distinguir três tipos de quadros. Tem os que devem ser do início do seu trabalho que são rostos de mulheres bem desenhados de uma maneira convencional, porém que tem expressão (as vezes pouca).

Depois tem mais dois tipos de quadros. Uns, são uma espécie de paisagem ou cenas coloridas (parece que é pastel a óleo) cuja as características é algo da ordem de um certo mistério como se nossa pintura se voltasse para algo que seria como a origem é do todo.

Essa busca de origem é o que tem de mais fecundo na arte, simplesmente porque toda a arte é arte da origem. Na terceira fase são essencialmente dois rostos: um que eu batizei de Jim Morrison, cara de anjo que hesita entre a angelidade e o maldito, e talvez nascendo do Jim "o Diabo ou a Diaba", uma entidade negra que surge como um pesadelo altamente calibrado.

Basicamente como é na tradição essa cor negra do lado de lá.

Cléo está nascendo, esses surgimentos de paisagens mágicas e de entidades tétricas é o surgimento da consciência de estar aqui. A adolescência (Cléo tem 17 anos) é a idade metafísica por excelência. Depois o adulto se extratifica nos seus bens materiais e o teatro do ser alguém.

Cléo nasceu. Permita-me ser seu padrinho estético pelo menos nessa exposição.  

Gilbert Chaudanne

Viaje pela Exposição de Cléo